domingo, 15 de maio de 2011

[Vídeo do Dias] BADFINGER No Matter What

A história desta banda fantástica foi marcada por inúmeros problemas. Foram contratados pela lendária Apple, numa época em que a gravadora estava em péssima situação financeira. Os Beatles haviam acabado de se separar, e o Badfinger tinha tudo para ser seu grande sucessor.

Talento não faltava à estes jovens britânicos, na Apple entre 1969 e 1973, gravaram quatro álbuns, sendo dois obrigatórios (No Dice e Straight Up). Em 1974, seguiram para a Warner, lá criaram mais dois ótimos álbuns, mas atritos com o empresário do grupo, gerou problemas internos, e com a nova gravadora, que resolve dispensá-los.

Com a situação financeira arrasada - o empresário havia fugido com todo dinheiro do grupo - o líder e gênio Pete Ham, aos 28 anos, com a esposa grávida, comete suicídio em sua própria casa. Quatro anos depois o Badfinger tenta renascer, grava mais dois álbuns, só que sem o glamour dos trabalhos anteriores.

Em 1983, depois de uma forte discussão por telefone com o guitarrista Joey Molland, Tom Evans, outro criativo compositor e baixista da banda, faz o mesmo que Pete fizera oito anos antes.

Uma estupenda banda que jamais desfrutou do sucesso que merecera, agora nos resta apenas apreciar o legado deixado por eles, que segue intacto, sem nenhum resquício, dos vários problemas enfrentados na longa e trágica caminhada.

No vídeo abaixo veremos uma performance sensacional do Badfinger em 1972, no "Set of Six", um programa da tevê britânica Granada, onde se torna impossível não reconhecer o talento destes quatro rapazes.

A magia aparece logo nos primeiros acordes de No Matter What, uma furiosa canção de amor, que te dá a dimensão exata do estrago que seria feito, se esta banda explodisse da maneira que era para ser.

oh girl... you girl... want you.


Artista: Badfinger
Canção: No Matter What (faixa 5)
Álbum: No Dice
Compositor: Pete Ham
Ano: 1970
Selo: Apple

Um comentário:

  1. Com um pouco da desglamurização dos Beatles, que segundo John Lennon, eram mais famosos que Jesus Cristo, vem à tona a importância da Banda Badfinger, mas especialmente de suas duas principais estrelas: William Pete Ham e Tommy Evans que são os dois autores da música Without You que fez um estrondoso sucesso na interpretação de Harry Nilson na década de 70 e de Mariah Carey nos anos 90. Pete e Tommy se suicidaram em 1975 e 1983, respectivamente. O fato de ser uma “Banda apadrinhada pelos Beatles” segundo o entendimento de muitas pessoas, resultou numa importância menor do Badfinger e seus integrantes. Com a descoberta de Dan Matovina, Biógrafo do Grupo, de inúmeras canções de Pete, compostas ainda em sua adolescência e as muitas homenagens que estão sendo prestadas na cidade natal dele e no próprio cemitério onde o artista mítico está sepultado, a verdade está vindo a tona.. O trabalho de Dan Matovina é simplesmente espetacular, e se não fosse ele, iríamos acreditar por longo tempo que Pete era um eterno apadrinhado da Banda famosa. Pete tinha luz própria e que luz! Felizmente a história está fazendo justiça ao músico inigualável. No tempo do auge de Paul Mccartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Star, músicos ou Banda ligados aos Beatles dificilmente conseguiam vida própria. Seria impossível ameaçar a superioridade dos “Deuses do Rock”. O próprio George Harrison teve inúmeras dificuldades para incluir suas músicas no catálogo Beatleniano. Com o achado de tantas composições, Pete começa a virar o jogo e revelar aos fãs, ao público em geral quem era verdadeiramente “ o cara” daquele período. Coitado do Pete. O cara era um gênio da música e não teve seu enorme talento reconhecido na época. Quem é o culpado por isso? Pete Ham compôs cerca de 140, 150 canções, muitas delas verdadeiras preciosidades, e o surpreendente é que ele não chegou a viver 28 anos. E tocava piano e guitarra magistralmente, era um cantor diferenciado, mas, sobretudo compunha letras e canções como ninguém. Este é o diferencial. Embora um fã como eu diga de peito aberto que qualquer coisa que Pete produzisse era única e inigualável. Um Shakespeare da música.

    Alguns artistas precisam de toda uma vida para mostrar seu talento. Os menos de 28 anos de vida foram mais que suficientes para que o incomparável músico revelasse a dimensão da sua arte. Na placa que homenageia Pete Ham está escrito: Mestre da melodia. Eu acrescentaria: Gênio da música, Gênio da arte, Gênio da vida.

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