sábado, 30 de julho de 2011

[Semana do Dias] Emitt Rhodes, Dan Peek, American Flyer, Jim Basnight, Sniff ´n´ The Tears...

Esta semana ficou marcada pela triste notícia da morte de Dan Peek (foto), membro do America, uma das maiores bandas de soft-rock de todos os tempos.

Entre outras canções, ele escreveu a bela "Lonely People", que pode ser ouvida abaixo. Peek, faleceu aos 60 anos na sua residência, situada em Farmington, próxima a St. Louis, ele sofria de artrite, mas ainda não se sabe a causa da morte.

Além de uma faixa do America, separei também uma música do American Flyer, extraída do seu magnífico disco de estreia, perfeito para quem gosta de country-rock californiano, uma do Sniff´n´ The Tears e outra dos novatos do Wild Nothing, que inclusive, mereceram elogios de Ryan Adams.

Quanto aos álbuns que ouvi nestes últimos dias, destaquei o incrível "the one man beatles" Emitt Rhodes, com seu fabuloso álbum de 1970, e o power pop clássico de Jim Basnight, ao lado do seminal The Moberlys.

ÁLBUNS

EMITT HODES Emitt Rhodes (Dunhill, 1970) LP
Na verdade, este é o segundo trabalho solo deste fantástico artista. Depois que deixou o Merry-Go-Round, ele gravou um álbum pela A&M, que ficou engavetado, somente após o lançamento deste em questão, é que a gravadora resolveu lançá-lo. Aqui, são 12 canções do mais puro pop, com melodias encantadoras, tudo composto, tocado e produzido pelo artista. A música de Emitt, além de lembrar muito Paul McCartney, está no mesmo nível dos melhores momentos do ex-beatle. Ouça: Fresh As A Daisy e Live Till You Die.


JIM BASNIGHT and The MOBERLYS Seattle - New York - Los Angeles (Precedent Records, 2004) CD
Este disco compila memoráveis canções de Jim Basnight e sua banda, gravadas entre 1982 e 1989 para o selo francês Pop The Ballom. São 23 faixas do mais puro power pop da época. Elegante, pra cima, com belas melodias, adicionadas ao vocal peculiar de Jim. Um detalhe, a produção tem a mão de Peter Buck do REM. Ouça: I Need Your Love e Rest Up


MÚSICAS

AMERICAN FLYER Such a Beautiful Thing (United Artists, 1976) American Flyer LP
AMERICA Lonely People (Warner, 1974) Holiday LP
SNIFF´N´ The TEARS Driver´s Seat (Atlantic, 1978) Fickle Heart LP
WILD NOTHING Summer Holiday (Captured Tracks, 2010) Gemini CD

quinta-feira, 28 de julho de 2011

[Vídeo do Dias] ELVIS COSTELLO Watching The Detectives

Um sujeito com o visual muito semelhante à Buddy Holly, o primeiro nome propositalmente escolhido igual ao do mito americano, no meio da explosão punk que tomava conta da Europa em 1977, poderia ter todos os quesitos para não dar certo!

Mas, a perseverança, o talento e o destino, fizeram que este cantor, compositor e multi-instrumentista, se estabelecesse como um dos maiores artistas surgidos no mundo do rock.


Elvis Costello condensou na sua música uma infinidade de gêneros musicais, do reggae ao punk, do pub rock ao jazz, sempre com sua identidade intacta.

A rebeldia também é uma de suas marcas registradas. Certa vez em início de carreira, protagonizou uma cena semelhante àquela feita por Jim Morrison no programa de Ed Sullivan, quando Jim foi "aconselhado" à mudar o refrão de "Light My Fire", e não o fez. No Saturday Night Live lhe pedirão para não tocar a música "Radio, Radio, Radio", Elvis e sua banda iniciaram uma outra canção, pararam e mandaram ver... "Radio".

Para este post escolhi o seu primeiro sucesso, a teatral "Watching The Detectives". Esta canção alcançou o Top 15 no Reino Unido, e está entre as 500 melhores músicas da revista Rolling Stone. Trata-se de um reggae/rock simples e furioso, sua letra revela um cinismo fino, que também viria ser característico nas suas composições futuras.

"Watching" foi escrita em seu apartamento nos subúrbios de Londres, enquanto ouvia o primeiro disco dos punks ingleses do The Clash. A princípio ele achou horrível, quando deu por si, havia passado à noite toda escutando o álbum em seu fone de ouvido, a cada audição ele gostava mais, e mais...

Este vídeo abaixo têm imagens capturadas no mais tradicional festival de rock do mundo, o "Pinkpop Fest", realizado anualmente desde 1970. Por lá, passaram todos os grandes artistas imagináveis, Elvis e os Attractions se apresentaram em 1979, debaixo muita chuva e trovões, para delírio de mais de 60 mil pessoas.

She is watching the detectives ... "Ooh, he's so cute!"... 
She is watching the detectives... When they shoot, shoot, shoot, shoot... They beat him up until the teardrops start... But he can't be wounded 'cause he's got no heart 



Artista: Elvis Costello
Canção: Watching The Detectives (faixa 13)
Álbum: My Aim Is True
Compositor: Elvis Costello
Ano: 1977
Selo: Stiff / Columbia

sábado, 23 de julho de 2011

[Semana do Dias] George Harrison, Euphoria, Buffalo Springfield, Mark Bacino...

Nesta seção que criei para compartilhar o que andei ouvido durante a semana, relacionei um álbum do selo Rev-Ola, especializado em relançar tesouros obscuros dos anos setenta, chamado "A Gift From Euphoria", e outro da Parasol, esta direcionada à artistas talentosos dos anos noventa, como Mark Bacino, que inclusive, será o próximo convidado na seção "Guest Room" deste blog.

Quanto as músicas soltas que escutei durante a semana, destaquei "My Sweet Lord", uma faixa da banda de Michael Mazzarella do The Rooks, e algumas faixas que aparecem no excelente documentário da BBC "L.A. The Byrds From The Eagles", sobre as estupendos singer/songwriters californianos.

ÁLBUNS

EUPHORIA A Gift From Euphoria (Rev-Ola, 2003) CD
Na verdade, o Euphoria é um duo formado por Hamilton Watt e Willian Lincoln, texanos, que absorveram influências de Thirteeth Floor Elevators e Bee Gees, para criar um trabalho ambicioso e audacioso em 1969, composto por arranjos orquestrais, entremeados com country puro, psicodelia e acid rock. Na atmosfera do Euphoria, cabem sons de relógios, cucos, ruídos de animais, tiros e etc. Ouça: Euphoria - Did You Get The LetterEuphoria - Through A Windown e Euphoria - Lady Bedford



MARK BACINO Pop Job... The Long Player! (Parasol, 1998) CD
Bacino é um grande multi-instrumentista, cantor, compositor e produtor, baseado em Nova York, que cria melodias ensolaradas, recheadas pelo seu vocal doce e harmonias que não saem mais da cabeça. O disco traz onze canções memoráveis, todas com menos de três minutos de duração. Ouça: Mark Bacino - Maybe Someday



MÚSICAS

The ROOKS Reasons e Colors (Guardian, 1993) The Rooks CD
GEORGE HARRISON My Sweet Lord (Apple, 1970) Compacto 7"
GEORGE HARRISON - Isn´t It A Pity (Apple, 1970) Compacto 7"
BUFFALO SPRINGFIELD For What It´s Worth (ATCO, 1966) Buffalo Springfield CD
CROSBY, STILLS & NASH Suite Judy Blue Eyes (Atlantic, 1969) CSN CD
JONI MITCHELL California (Reprise, 1972) Blue CD

sexta-feira, 22 de julho de 2011

[Dica do Dias] The CARS Anthology CD

Artista: The Cars
Álbum: Anthology - Just What I Nedded
Formato: CD Duplo
Ano: 1995
Selo: Elektra / Rhino
Similares: Talking Heads e The Police
Estilo: New Wave / Pós Punk





Coletânea dupla com os maiores sucessos desta excelente banda de Boston. Nesta compilação estão incluídos entre outros hits: "Just What I Needed", "My Best Friend´s Girl", "Good Times Roll", "Touch and Go", "Shake It Up", "Since You´re Gone", "Drive", "Hello Again" e "You Might Think", regravada pelo Weezer na trilha sonora do filme Cars 2 da Disney. 

A banda liderada por Ric Ocasek marcou época entre 78 e 87, com seu estilo elegante e letras inteligentes, criando um rock de garagem revigorado, pronto para tocar em FMs. Nos anos 80, se tornaram figuras obrigatórias em trilhas de filmes que retratavam a adolescência americana.  

Esta edição contém 40 músicas e um livreto de 26 páginas, com fotos, informações da banda e detalhes de cada canção.

Ouça e volte pra cá:

Onde encontrar
BLASTER (Rua Fernão Dias, 4 - Loja 8 - Gal. Ipiranga - Santos - Tel. 13-3284 5615)
Preço: 38 reais

terça-feira, 19 de julho de 2011

[Vídeo do Dias] The HOLLIES Bus Stop

Inocente mas verdadeiro! 

Este é um trecho extraído da letra de "Bus Stop", eternizada pelos The Hollies, na metade da década de 60. A frase simples, serve para definir com exatidão tudo o que foi vivido durante aqueles anos mágicos de início do rock. Esta ingenuidade só se transformaria em maturidade, com a chegada do psicodelismo em 1967.

Gosto demais destas duas fases distintas, talvez por ter nascido em 67, exatamente no meio desse turbilhão efervescente. Passados mais de 40 anos, sinto-me, como se o subconsciente tivesse gravado no meu início de vida a pureza destas melodias, e ao ouvi-las hoje, me transportasse exatamente para dentro daquela atmosfera.

Os responsáveis pela existência dos Hollies, Alan Clarke e Graham Nash, se conheceram numa escola primária em Manchester, ainda nos anos 50, época em que a juventude britânica era dominada pelo Skiffle (tipo de música rústica com instrumentos de madeira). Eles formaram esta fabulosa banda inspirados nas harmonias vocais dos irmãos Don e Phil dos Everly Brothers.

A partir de 1963 a banda caminhou ao lado dos Beatles na gravadora Parlophone, emplacaram inúmeros singles nas paradas britânicas. Tanto, que o sucesso atravessou o oceano, chegando a América do Sul, onde tiveram uma grande quantidade de versões para seus hits, principalmente no Brasil com a Jovem Guarda.

Nos primeiros anos, os Hollies não compunham seus sucessos, apenas após 1966 passaram a escrever suas próprias canções. "Bus Stop", seria um dos últimos "presentes". A composição é de Graham Gouldman, na ocasião líder do Mockingbirds, e depois integrante do 10cc nos anos 70. Além de "Bus Stop", este músico brtânico é dono de vários outros sucessos, entre eles: "For Your Love" (Yardbirds), "No Milky Today" (Herman´s Hermiits) e "I´m Not In Love" (10cc).

No vídeo abaixo, você vai assistir uma apresentação da banda no "Beat Beat Beat", um programa de tevê alemão registrado em 1967.  No ápice da carreira, os garotos de cara limpa exibem todo o seu talento, entoando versos inocentes, e criando harmonias vocais delicadas em duas partes. Apresentam tramas geniais de guitarras, onde Nash acaba influenciando uma gama de outros grupos, com o modo de tocar sua rickenbacker.

Com vocês, um romance adolescente no ponto de ônibus, com os Hollies!!!

Ponto de ônibus, dia chuvoso, lá está ela... Eu disse por favor divida comigo meu guarda- chuva...
Parada de ônibus, o ônibus se foi, ela ficou, o amor nasceu... Debaixo do meu guarda-chuva...
Aproveitamos o verão todo... Vento e chuva e luz...




Artista: The Hollies
Canção: Bus Stop (faixa 1)
Álbum: Bus Stop
Compositor: Graham Gouldman
Ano: 1966
Selo: Imperial

domingo, 17 de julho de 2011

[Imagem do Dias] The SMITHS Still Ill (Split)


Artista: The Smiths
Formato: Split
Ano: 1984
Selo: WEA

Este é um "split" no tamanho sete polegadas, que foi parte integrante da edição número 08 da Revista Bizz. Ele vem com uma folha de vinil, sob a imagem da banda em papel cartão. "Still Ill", é a faixa contida neste item, que nunca foi editada no formato single. 

Os Smiths surgiram em 83, com um nome simples, resposta às sofisticadas alcunhas das bandas inglesas de "synthpop" da época. Seus singles arrasadores, prepararam terreno para o álbum de estreia, o impecável The Smiths de 1984, no qual faz parte a música citada acima.

A partir daí, foram três anos intensos de polêmicas, confusões, e grandes discos, que sem dúvida, marcaram uma geração.

Ouça e volte pra cá:

sábado, 16 de julho de 2011

[Semana do Dias] Carly Simon, Sorrows, Grand Funk, Josh Rouse...

Criei esta nova seção, para compartilhar o que andei ouvindo durante a semana, seja em casa, no carro, ou nas ruas. Anotarei as que mais marcaram e sempre às sextas-feiras, estarei publicando.

Para este primeiro registro, selecionei dois álbuns que adquiri recentemente, e seis músicas, que mais me chamaram a atenção. Vamos ao que interessa:


ÁLBUNS


1. CARLY SIMON Boys In The Trees (WEA, 1978) LP
Não conhecia o álbum na integra, somente algumas faixas já eram familiares por se encontrarem em coletâneas desta cantora/compositora ex-mulher de James Taylor. Trata-se de um grande disco, mostra um período de muita inspiração e criatividade. O álbum tem um ou dois deslizes, mas no contexto geral é bem consistente. Destaque para: "You Belong To Me""Boys In The Trees" e "Back Down To Earth".

Carly Simon na capa da Rolling Stone em 1978.


2. SORROWS Bad Times Good Times (Bomp!, 2010) LP
Pra começar, esta edição limitada em vinil do ano passado, é bastante atraente. A capa é muito bem cuidada e o disco, é um caso a parte, vermelho, a qualidade do som, também é ótima. Trata-se de uma compilação de versões alternativas do segundo álbum da banda de 1980. Inspirado em Chuck Berry, Beatles e em Flamin´ Groovies, criam memoráveis melodias que remetem aos anos 60. Confira um trailer do lançamento do disco (aqui). Excelente!

Os Sorrows, na época de Teenage Heartbreak, álbum clássico de 1980.

MÚSICAS


1. GRAND FUNK RAILROAD Are You Read (Capitol, 1969) On Time CD
2. JOSH ROUSE Carolina (Ryko, 2004) Nashville CD
3. STEVE WYNN Tears Won´t Help (Rhino, 1990) Kerosene Man CD
4. The CHAMELEONS UK Perfume Garden (Dutch East India/Strange Fruit, 1990) Peel Sessions CD
5. The COWSILLS You´ve Got No Time (Robin Records, 1998) Global CD
6. The BROKEN WEST You Can Build An Island (Merge, 2007) I Can´t Go On, I´ll Go On CD

[Sala de Convidados] RICHARD X. HEYMAN

Senhoras e Senhores!

Este blog tem o prazer de disponibilizar um espaço aos seus leitores, onde o artista - o principal condutor desta magia chamada música - poderá desenvolver, exercitando sua memória, temas confeccionados exclusivamente à ele.

Para inaugurar, eu e meu amigo Rafael Paulino (meu colaborador nesta seção), convidamos ninguém menos do que Richard X. Heyman. Um fabuloso multi-instrumentista americano, que sintetiza na sua música, elementos dos anos 60s e dos 70s, criando um som próprio, carregado de harmonias memoráveis.


De Sérgio & Rafael para Richard X. Heyman: New York através do olhar de um músico de rock nos anos 70.


"Eu cresci em Plainfield, Nova Jersey, um bairro que fica a cerca de 45 minutos de New York City. A cena roqueira em Nova Jersey no início dos anos 70 era, em sua maior parte, baseada em bandas tocando covers de músicas populares, se apresentando em bares. Por isso, foi um verdadeiro choque cultural ir para New York ouvir grupos no auge da CBGB. Primeiro, essas bandas de Nova Iorque tinham seu próprio material, e mesmo que se algumas delas faltava habilidade musical, o faziam com originalidade e exuberância."


"Em 1976, me mudei para Washington, DC, onde me estabeleci tocando bateria para o guitarrista Link Wray. Ao mesmo tempo, inspirado pelas bandas que vi no CBGB, eu fundei um grupo chamado The Rage, fazendo minhas próprias canções, passando a tocar tocar guitarra principal e a cantar. Em 78, fui para Los Angeles, onde eu tinha um emprego estável tocando bateria numa banda de country-rock chamado Cooper Dodge".



"Voltei à Nova York no início dos anos 80 e comecei minha carreira solo a sério. Havia uma cena musical vibrante acontecendo na cidade - Kansas Max City, CBGB, Tramps, Trax, o Club Mudd, da Peppermint Lounge, Private, o Club 80, The Ritz, The Bottom Line, estavam todos bombando. Muitas das canções que a minha banda apresentava nesta época, acabou fazendo parte dos meus dois primeiro álbuns".


"Muitas bandas que hoje são clássicas, estavam bem próximas de mim no início dos anos 80, e Nancy e eu vimos muitos deles de perto. Estávamos a metros de distância quando Bono do U2 tocou no The Ritz. Na verdade, muitos artistas emergentes tocaram no The Ritz: Prince, The Pretenders, Squeeze, The Bangles, The Eurythmics, REM e muitos mais. Marshall Crenshaw já era bastante comentado pelo público local e vimos alguns dos seus shows no CBGB e Trax. Um ano antes de se tornarem estrelas internacionais, o The Police tocou no CBGB".


"Essa cena veio e se foi, e novos estilos de música surgiram em outros bairros, mas tenho boas recordações daqueles anos, empurrando nossos amplificadores e bateria pelas ruas do East Village, às 3:00 da manhã depois de tocar no CBGB. Numa noite, vimos Billy Joel filmar o vídeo de "Uptown Girl" em um posto de gasolina na Bowery, do outro lado da rua, em frente ao clube. Esses foram grandes momentos".


De Sérgio & Rafael para Richard X. HeymanMudança de estilo: Você já se sentiu inclinado a seguir uma certa moda, somente para obter sucesso comercial?


"Há um velho ditado que diz "nada se cria no vácuo." Eu não posso falar por outros compositores e músicos, mas eu acho que todo mundo é influenciado em algum grau com o que está acontecendo ao seu redor".


"É claro, as escolhas e preferências do que você gosta e admira são grandes fatores no resultado do processo criativo. Para mim, eu estava cercado pela música dos Beatles, Dylan, Stones, Byrds, Kinks, Motown, The Who, Beach Boys e muitos outros".


"Eu também ouvi um monte de musicais da Broadway e clássicos, bem como jazz antigos e novos, blues e R&B. Dito isso, eu creio nunca ter intencionalmente tentado entrar em alguma nova onda ou tendência só para faturar. Eu sempre escrevi e toquei música porque eu amo isso, especialmente a emoção que um conjunto de acordes e melodia pode evocar".



Cornerstone (official video)

Artista: Richard X. Heyman
Canção: Cornerstone (faixa 1)
Álbum: Cornerstone
Compositor: Richard X. Heyman
Ano: 1998
Selo: Permanent Press

quarta-feira, 13 de julho de 2011

[Vídeo do Dias] LIVERPOOL EXPRESS John George Ringo And Paul

Nesta data em que se comemora o Dia Mundial do Rock, resolvi compartilhar uma canção que homenageia a banda mais popular e mais aclamada deste gênero tão idolatrado.

Os responsáveis por esta prova de veneração também são originários do antigo Condado de Merseyside. O elo com os "quatro fabulosos", não para por aí!

O líder do Liverpool Express, Billy Kinsley, alcançou o sucesso na mesma época em que os Beatles estavam começando. Billy integrava o grupo The Merseybeats, e aos 15 anos de idade chegou ao Top Five, com o hit "I Think of You". Começava ali uma ligação de admiração mútua.

A banda só nasceria em 1975. Seu primeiro álbum, Tracks, explodiu com várias faixas que se tornariam sucessos imediatos, entre eles, o soft-rock puro "You Are My Love", canção que Paul McCartney diz ser uma de suas favoritas em todos os tempos. O segundo, Dreamin´ de 1978, manteve o nível, com destaque para a faixa homônima. Estes dois álbuns foram lançados por aqui em vinil.

Um fato interessante: o Liverpool obteve mais sucesso no Brasil do que no Reino Unido e na América. Em consequência vieram ao Rio de Janeiro em 1977, sendo uma das primeiras bandas a tocar em grandes estádios. Na chegada o choque foi grande, foram saudados por milhares de fãs histéricos: "Na verdade, pensamos que era alguém famoso em nosso vôo e não tínhamos idéia do que estava acontecendo", revelou Billy anos mais tarde.

Hoje em dia é possível encontrar a banda se apresentando em clubes e bares da região de Liverpool. Sem o mesmo glamour, mas com a sensibilidade e o talento de sempre. Billy, continua sendo requisitado para fornecer informações e dados curiosos referentes aos Beatles. Seus amigos vão mais longe, imploram para que escreva um livro com suas deliciosas histórias contadas informalmente.

Mas se Billy não quiser, ao menos já nos presenteou com a belíssima homenagem à John, George, Ringo e Paul, gravada em 2003, numa reunião do Liverpool. Uma emocionante canção-tributo, confeccionada com nomes de músicas inesquecíveis do quarteto mais famoso de todos os tempos.

A prova de que a chama jamais se apagará, está aí, bem abaixo de você. É só conferir:


PARABÉNS AO ROCK!!!


Artista: Liverpool Express
Canção: John George Ringo and Paul (faixa 6)
Álbum: Once Upon A Time
Compositor: Billy Kinsley e Roger Craig
Ano: 2003
Selo: Every Man Records

domingo, 10 de julho de 2011

[Guest Room] RICHARD X. HEYMAN

Ladies and Gentlemen!

This blog is pleased to offer it's readers a space where the artist - the main force behind the magic of music - can develop and exercise your memory on subjects suggested by our blog exclusively for him.

To inaugurate this section, me and my friend Rafael Paulino, who will take part on this new venture, invited none other than Richard X. Heyman. If you don't know him yet, Richard is a fabulous american multi-instrumentalist, who summarizes in his music, elements of the sixties and the seventies, creating a unique sound, filled with memorable harmonies.


...and now... with you... Mr. Richard X. Heyman!!!


Sérgio & Rafael to Richard X. Heyman: New York '"through a rock musician´s eye", from the 70s until now.


"I grew up in Plainfield, New Jersey, which was a forty-five minute drive from New York City.  The rock music scene in New Jersey in the early 70’s was, for the most part, based on playing covers of popular songs so your band could get gigs at local top-40 bars.  So it was a real culture shock going into New York to hear groups at the burgeoning CBGB.  First off, these New York bands were doing their own material, and what some of them may have lacked in musical prowess, they made up for with originality and exuberance."


"In 1976, I moved to Washington, DC where I landed a gig playing drums for guitarist Link Wray.  At the same time, inspired by the bands I saw at CBGB, I started a group called The Rage, doing my own songs, in which I moved up front playing guitar and singing lead.  In ’78, I went out to Los Angeles, where I had a steady job playing drums in a country-rock band called Cooper Dodge."


"I returned to New York in the early 80’s and began my solo career in earnest.  There was a vibrant music scene happening in the city – Max’s Kansas City, CBGB, Tramps, Trax, the Mudd Club, the Peppermint Lounge, Private’s, Club 80, The Ritz, The Bottom Line were all going strong. Many of the songs that my band performed in those early days ended up on my first couple of albums."


"Lots of now-classic bands were on their way up in the early 80’s, and Nancy and I got to see many of them up close.  We were yards away from Bono when U2 played at The Ritz.  In fact, many soon-to-be-big acts played The Ritz – Prince, The Pretenders, Squeeze, The Bangles, The Eurythmics, REM and many more. Marshall Crenshaw had a big local buzz and we saw a few of his shows at CBGB and Trax. A year before they became international stars, The Police played CBGB."


"That scene has come and gone, and new pockets of music have cropped up in other neighborhoods, but I have fond memories of those years, pushing our amps and drums home through the streets of the East Village at 3:00 in the morning after playing a set at CBGB.  One night we saw Billy Joel filming the video for “Uptown Girl” at a gas station on the Bowery, right across the street from the club.  Those were great times."


Sérgio & Rafael to Richard X. HeymanChanging your style: have you ever felt inclined to follow a certain fashion in music to get a commercial break through?


"There’s an old saying that goes “nothing is created in a vacuum.”  I can’t speak for other songwriters and musicians, but I think everyone is influenced to some degree by what’s happening around them".


"Of course, the choices and preferences of what you like and admire are big factors in the outcome of the creative process.  For me, I was surrounded by the music of the Beatles, Dylan, Stones, Byrds, Kinks, Motown, the Who, the Beach Boys and many others".


"I also listened to a lot of Broadway musicals and classical as well as old and new jazz, blues and R&B.  All that said, I don’t believe I ever intentionally tried to jump on any bandwagon or trend in hopes of cashing in. I always wrote and played music because I love it, especially the emotion that a set of chords and melody can evoke".

Cornerstone (official video)

Artist: Richard X. Heyman
Song: Cornerstone (faixa 1)
Album: Cornerstone
Word: Richard X. Heyman
Year: 1998
Label: Permanent Press


sábado, 9 de julho de 2011

[Imagem do Dias] GIGOLO AUNTS Pacific Ocean Blues (Card)


Artista: Gigolo Aunts
Álbum: Pacific Ocean Blues
Ano: 2003
Selo: Division Records

A imagem acima é de um cartão promocional confeccionado pela Bitter Sweet Recordings, sediada na cidade de Madrid, na época do lançamento do álbum "Pacific Ocean Blues" do Gigolo Aunts.

POB é o quinto e derradeiro trabalho desta banda originária de Boston. Formada na metade da década de 80, os Gigolos começariam a trilhar seu caminho pela Espanha, onde foram muito bem recebidos. Lá, lançaram dois belos álbuns independentes: "Everybody Happy" e "Tales From The Vinegar Side", hoje objetos dificílimos de serem encontrados.

Na sequência, vieram o consistente "Flippin´ Out" pela RCA, o quase grunge "Learn To Play Guitar" (maxi-single), o doce "Minor Chords And Major Themes", além de uma boa quantidade de singles, que lhe renderam uma compilação denominada "The Singles Album". Tudo em busca da canção-perfeita, sempre com vocais açucarados e harmonizações ensolaradas. 

Ouça e volte pra cá:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

[Dica do Dias] VÁRIOS ARTISTAS Alvin Lives (In Leeds) LP

Artista: Vários (ver track-list abaixo)
Álbum: Alvin Lives (In Leeds)
Formato: LP (importado UK)
Ano: 1990
Selo: Midnight Music
Estilo: Rock Alternativo, Britsh Pop e Indie Rock

 






Alvin Lives (In Leeds), foi um disco criado com o propósito de arrecadar fundos para uma campanha de protesto contra a "Poll Tax", que era um imposto criado pelo partido conservador da primeira-ministra Margareth Tatcher.  
 
Na época foi lançado em CD e LP. Este em questão, é no formato 12 polegadas em vinil, e traz algumas bandas independentes da época fazendo covers de músicas dos anos 70. Entre elas, estão: Lush, Robyn Hitchcock, Wedding Present e Close Lobsters.

Confira o track-list do álbum: 

Lado A
1  Lush Chirpy Chirpy Cheep Cheep (Middle Of The Road) http://www.youtube.com/watch?v=U-yCla4ldMg
2  Five Thirty My Sweet Lord  (George Harrison)
3  Cud Bohemian Rhapsody (Queen)
4  The Popguns featuring Amelia Fletcher (From Talulah Gosh & Heavenly) Bye Bye Baby (Bay City Rollers)
5  Crocodile Ride I Feel Love  (Donna Summer)
6  Robyn Hitchcock Kung Fu Fighting  (Carl Douglas) http://www.youtube.com/watch?v=U-yCla4ldMg

Lado B
1  Corn Dollies Le Freak  (Chic)
2  The Wedding Present Make Me Smile (Come Up And See Me) (Steve Harley & Cockney Rebel)
3  The Close Lobsters Float On  (The Floaters)
4  14 Iced Bears Summer Nights  (John Travolta & Olivia Newton-John)
5  The Siddeleys Love Grows (Where My Rosemary Goes) (Edison Lighthouse)
6  The Perfect Disaster Wanderin' Star (Al Hirt)

Onde encontrar:  
VELVET CDs - Telefone: (11) 3221 8947 e-mail: velvet@velvetcds.com.br
Rua 24 de Maio, Nº 116 Loja 26 - Rua Alta (Sobreloja) no centro de São Paulo.
Preço: 35 reais

terça-feira, 5 de julho de 2011

[Vídeo do Dias] BRUCE SPRINGSTEEN Brilliant Disguise

Brilliant Disguise, foi um dos dois singles de "Tunnel of Love", a canção entrou no Top 10 e o disco vendeu "somente" três milhões de cópias.

Apesar do sucesso, o álbum não era propriamente o que os fãs de Bruce esperavam. Três anos depois do estrondoso "Born In The U.S.A.", a levada mais acústica, lembrava o antecessor de "Born", o cultuado e dylanesco "Nebraska".

Confesso que ao comprar o álbum na época, não dei a atenção devida, talvez por tê-lo adquirido junto com outros cinco discos deste notável singer/songwriter americano, preferi dissecar as gravações da fase inicial. Então, o tempo passou e, eu não atravessei como deveria o "Túnel do Amor".

Outro dia me deparei com esta canção em questão, fiquei atônito, corri pra minha coleção a fim de encontrá-la, vasculha dali, vasculha daqui, até chegar ao álbum de 1987. Em seguida, tive outra surpresa: "Tunnel of Love" é perfeito! E realmente merece todo o seu status, vale lembrar, que, com ele, Bruce Springsteen ganhou o Grammy de 88, como melhor vocal masculino.

Sempre achei, que uma coleção de discos é para ser saboreada sem urgência, passam-se meses, anos e, em determinado momento você descobre uma pedra preciosa, intacta, te esperando pacientemente para proporcionar momentos mágicos.

O garoto que se deslumbrou aos sete anos de idade, assistindo uma apresentação de Elvis no Ed Sullivan Show, foi galgando o sucesso gradativamente. Primeiro, se consolidou como um grande artista nos anos 70. Gravou álbuns consistentes, sempre cercado de ótimos músicos, a E Street Band, ganhou respeito dos críticos, até atingir o mega-estrelato, com o hit bombástico de Born In The U.S.A.

Anos depois, em Brilliant Disguise, Bruce volta em crise afetiva. Na letra, ele revela seus segredos mais íntimos, mostra amargura, está apreensivo e desorientado, desconfiado, tudo pela indiferença da mulher amada. A situação inspira e aguça o talento descomunal que o artista possui no ofício de compor. Esta canção foi um presságio, dois anos depois, Bruce se separaria da atriz Julianne Phillips, numa época conturbada de sua vida pessoal.

Hoje, o "Chefe", vive na sua fazenda em Colts Neck, NJ, criando cavalos ao lado de sua esposa Patti Scialfa, que inclusive, faz parte da sua banda. Bruce e Patti se casaram logo após a separação polêmica citada acima.

Confiram agora, o vídeo da canção escolhida, ele é simples e direto, foi gravado num tiro só, sem edições ou cortes. As imagens em preto e branco, são captadas por uma câmera apenas, que lentamente vai fechando o foco, enquanto Bruce interpreta a música com seu carisma e garra habituais.

Então me diga o que eu vejo... Quando olho em seus olhos... É você realmente... Ou somente um ótimo disfarce?
Estou perdido na escuridão do nosso amor... Hoje à noite nossa cama está fria...
Deus tenha piedade do homem... Que duvida do que Ele tem certeza.



Artista: Bruce Springsteen
Canção: Brilliant Disguise (faixa 9)
Álbum: Tunnel of Love
Compositor: Bruce Springsteen
Ano: 1987
Selo: Columbia

domingo, 3 de julho de 2011

[Vídeo do Dias] RICHARD X. HEYMAN Call Out The Military

Talento, precocidade, perfeccionismo e sensibilidade, são alguns dos atributos em que posso enquadrar a música e a personalidade deste fabuloso artesão pop.

Richard X. Heyman, é um gênio, um grande artista que confecciona pequenas obras-primas de pop puro.

Aos 12 anos de idade, já era um baterista pronto, teclados e guitarras ganharam suas mãos logo depois. No meio da ebulição dos anos 60, chegou a integrar brevemente o Left Banke, do não menos genial Michael Brown, tocou com Ben E. King, Jonathan Richman, entre outros, e despejou toda sua energia adolescente nos Doughboys, sua primeira banda.

Na metade da década de 80, sua arte solitária, finalmente faria brotar os primeiros frutos: dois EPs e um álbum clássico, tudo gravado na sala de seu apartamento em Manhatan. Com isso, Heyman chama a atenção da major Sire Records, assim nasce "Hey Man!", praticamente gravado no mesmo formato dos registros anteriores. Apesar de excelente, a obra não consegue bom retorno comercial à gravadora.

A paixão não morreria sem o reconhecimento imediato, nem mudaria seus conceitos, pelo contrário, impulsionou o artista à criar discos consistentes, seguindo a mesma visão pessoal, se tornando um ícone do Power Pop. Azar das grandes massas!

RXH, sabe que tem o reconhecimento de quem o merece, por isso ainda somos até hoje brindados com sua música, que segue intacta, impregnada de melodias irresistíveis e únicas.

Para ilustrar o seu trabalho, separei um vídeo do primeiro álbum, onde ele, toca, canta, produz e mixa todos os instrumentos. Call Out The Military é direta, envolvente, carregada de humor irônico e inteligente, é uma canção "pra cima", te trazendo a sensação de liberdade, aliás, um conceito essencial no processo de criação deste fantástico músico.

They can call out the military... Or the F.B.I. if necessary... As far as they know I´m imaginary, yeah...
Bad reputation on a first-name basis... I pull a jobI don´t leave any traces... I´m only oneof the faces in a crowd



Artista: Richard X. Heyman
Canção: Call Out The Military (faixa 1)
Álbum: Living Room !!
Compositor: Richard X. Heyman
Ano: 1990
Selo: Cypress Records

sábado, 2 de julho de 2011

[Imagem do Dias] ELTON JOHN Genius + Music = Elton John EP 7"


Artista: Elton John
Título: Genius + Music = Elton John
Formato: 7" em vinil
Ano: 1972
Selo: Young
Origem: Brasil

Na imagem acima observamos um compacto de sete polegadas em vinil, o item, deste verdadeiro gênio da música chamado Elton John, faz parte da minha coleção. Este tipo de formato parou de ser fabricado por aqui há muitos anos. Lá fora, nos Estados Unidos e na Europa, continuam fazendo sendo produzidos normalmente, assim como os LPs de doze polegadas.

Os compactos são bastante atraentes, principalmente quando possuem capinhas com fotos e informações, era comum também, eles serem embalados apenas num papel com o logo da gravadora. No Brasil, quando tinham duas músicas de cada lado, eram chamados de "compacto duplo".

Em geral, eles traziam uma "faixa de trabalho" no lado A, e, às vezes, uma música inédita no outro lado, que o torna mais atraente para o consumidor. Este em questão, compila faixa de três álbuns do cantor: "Elton John" e "Tumbleweed Connection", ambas de 1970, e "Madman Across The Water" de 1971.

Ouça e volte pra cá:
Your Song - http://www.youtube.com/watch?v=lp2c7TJcKHU&feature=related
Come Down In Time - http://www.youtube.com/watch?v=a_yc231bMIk
Tiny Dancer - http://www.youtube.com/watch?v=rRI0n4FkW9Y
The Cage - http://www.youtube.com/watch?v=MF0zLAvKqHw&playnext=1&list=PL3EFDB35E9656471A

Veja também:
http://somdodias.blogspot.com/2011/04/elton-john-tiny-dancer.html