Você já deve ter ouvido por aí que o disco de vinil, sim o velho e tradicional LP, voltou. Daqui de casa, em todo este período em que foi decretada sua morte, eles nunca saíram, pelo contrário, continuaram chegando, e em massa.
Quando comecei a comprar discos, isso no início dos anos 80, Santos era recheada de opções. Havia as tradicionais, que comercializavam somente itens novos, e também começavam a surgir lojas especializadas em trocas e vendas de usados.
No centro da cidade, A Musical dispunha de um grande acervo, assim como a Marimba. No Gonzaga tínhamos à disposição várias lojas da Ópus, além delas a DJ Ferrs, a Metal Rock e a Amsterdam. Um pouco mais adiante, em frente ao Colégio São José, ficava a Tremendão, dona de um belíssimo acervo. Já no Super Centro do Boqueirão a opção era a Freedom.
Até nos hipermercados era possível encontrar bons discos. O Eldorado, na Conselheiro Nébias, era bem abastecido, e na avenida da praia chegando no Canal 1, o Jumbo Eletro oferecia boa quantidade de vinis.
Dentre as lojas que aceitavam trocas, tínhamos a Disqueria, que teve seu primeiro endereço na Sampaio Moreira (paralela ao Canal 5), depois se transferindo para a esquina da Goiás com o Canal 3. Já na galeria da Epitácio Pessoa, situado na sobreloja de uma Imobiliária, era possível fazer bons negócios na Teia de Aranha, e próximo ao Canal 2 na Euclides da Cunha, a alternativa era a Cassetes & Bolachas.
Hoje restam apenas quatro opções. Temos a Disqueria que se mudou recentemente para a Conselheiro Nébias, na quadra da praia, a Blaster na Galeria Ipiranga, ao lado do Shopping Balneário, a Sound of Fish situada na Floriano Peixoto perto do Shopping Miramar, e o Sebo São Jorge na esquina do Canal 2 com a Pedro Américo.
Aproveitando o assunto, vale registrar as bandas de rock genuinamente santistas que chegaram a gravar na “época” do vinil. Primeiro, o Blow Up com dois álbuns, um 1969 e outro em 1971, além de três compactos. Em seguida, tivemos o Recordando o Vale das Maçãs com um LP em 1973 e um compacto em 1982. Poucos anos depois, em 1986, um dos integrantes da banda, o Fernando Pacheco, também gravou um álbum solo.
Entre 1985 e 1990 quem teve uma série de registros foi o Vulcano, eles gravaram 5 álbuns e um compacto. No final da década de 80 foi à vez do Harry, a banda gravou um EP em 1987 e dois álbuns (1988 e 1990). No início dos anos 90, perto do “final” do vinil, o Mr. Green e o Last Joker deixaram seus registros, com um detalhe: ambos gravaram por um selo nascido aqui em Santos, a M Rock, comandada por Pepe Macia. - por Sérgio Dias
** Este texto também foi publicado no site "Era Uma Vez em Santos" criado pro Gabriel Davi Pierin - http://www.eraumavezemsantos.com.br/
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Disqueria |
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Marimba |
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Blaster |
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LP do Mr. Green |
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EP do Harry |
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LP do Blow Up |
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